Mais de 70% da geração de energia elétrica no Brasil vem de fontes hidráulicas, e portanto o nível de reservatórios de produção hidrelétrica é extremamente importante para a precificação do valor do KWh.
É possível que já tenha ouvido falar no fenômeno La Niña, que representa o resfriamento das águas do Pacífico, geralmente subsequente ao efeito El Niño que se observou em 2015 e 2016.
Mas o que este fenômeno pode alterar os preços de energia e como a estratégia de contratação de energia da sua empresa poderia se beneficiar desta ocasião?
Primeiramente, é preciso verificar o nível de reservatórios hidrelétricos disponíveis no site da ONS em 31/08/2016, conforme tabela abaixo:
Nota-se um valor de nível crítico para a região NE (19,33%), bastante baixo e em um dos menores níveis dos últimos 15 anos.
Porém, há uma boa notícia com a chegada da La Niña, isso porque uma das características deste fenômeno é uma maior concentração de chuvas na região NE, tendências a chuvas abundantes na região N e menores temperaturas no SE. Estes fatores podem elevar consideravelmente o percentual de Energia Armazenada no NE, e consequentemente mudando o mix de geração no país para uma matriz mais barata.
Portanto, estes meses próximos de Setembro a Novembro são um bom momento para estudar uma possibilidade de compra de energia futura, ou mesmo a migração para o Mercado Livre de Energia. Espera-se que um patamar menor de preços de energia elétrica no Mercado Livre seja observado a partir destes meses, visto que o início do período chuvoso deve abastecer os reservatórios e trazer benefícios para os consumidores de energia que precisam comprar o insumo para operação futura ou recomposição de lastro.